TEM gente que não gosta, mas é inevitável – e faz bem, principalmente durante a atividade física. Mesmo que cause algum incômodo, a transpiração é fundamental para manter equilíbrio hídrico e a temperatura de nosso corpo em torno de 36,5°C. Segundo a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, professora e pesquisadora da Universidade Federal do Rio de janeiro (UFRJ), o suor pode servir como um “termômetro” do efeito do exercício sobre nosso corpo, nos mostrando quando o exercício passa a fazer efeito. “A prática só traz benefícios de fato após uns 20 minutos de suor, quando o corpo começa a produzir o hormônio cortisol como reforço à disponibilização de energia para os músculos”, explica.
O aparecimento do suor também funciona como um “aviso” de que precisamos de hidratação. Aliás, a melhor maneira de evitar a desidratação é beber de dois a três copos de água antes de começar treinar e continuar a beber durante a prática de física, pelo menos a cada 15 ou 20 minutos. Outra função importante da transpiração é a eliminação de sódio, cálcio, potássio e magnésio. Essas substâncias compõem uma pequena parte de nosso suor, já que a maior parte é água mesmo. Entretanto, em treinamentos ou provas de longa duração é preciso repor esses nutrientes e não conseguimos fazer isso somente com a água, por isso, especialistas sugerem a ingestão de bebidas isotônicas que contêm esses sais minerais.
E, embora a maioria das pessoas pense que transpiramos principalmente nas axilas, estudos mostram que menos de 1% do total da água eliminada provém dessa área do corpo. Em situação específicas, como competições mais longas, uma pessoa pede expelir até 10 litros. O lugar onde a pessoa treina, porém, pode nos enganar: se estiver em um ambiente quente e seco o suor evapora assim que aparece na pele dando a impressão que não se perde água. No entanto, a quantidade de líquido eliminado é muito similar a dos dias úmidos.
Fonte: Jornal da Corrida