Sobre percepção de esforço na corrida
Durante qualquer sessão de treinamento, é importante avaliarmos a intensidade do exercício. Uma semana típica de planejamento irá incluir treinos com diferentes estímulos e o controle da intensidade precisa ser usado para alcançarmos o objetivo de cada sessão.
O método mais conhecido e usual é o controle da frequência cardíaca, normalmente com o uso de um frequencímetro. Há, entretanto, outro método ainda mais simples e que dispensa uso de material para averiguação da FC, que é o uso da percepção de esforço, através da Escala de Borg (1). Os dois métodos são valiosos e podem ser usados em diferentes momentos pelo mesmo corredor.
A escala de Borg consiste em uma tabela onde se atribui uma nota à percepção de esforço sentida durante determinado momento e está correlacionada à frequência cardíaca máxima. É uma forma simples e eficaz de medir a intensidade durante os treinos.
Corredores iniciantes podem ter dificuldade em apontar qual valor da tabela refere-se à sua sensação de esforço, mas esse valor vai se tornando mais fidedigno à medida que ele se tornar mais treinado.
A frequência cardíaca pode alterar de acordo com o estresse do dia, uma noite mal dormida, o começo de uma gripe, desidratação, etc. E necessita de frequencímetro ou experiência no método palpatório. É uma excelente forma de controlar o treino e tem suas vantagens, principalmente para quem está começando no esporte e ainda não conhece o seu ritmo.
A percepção de esforço pode ser facilmente ensinada pelo treinador e utilizada com frequência, fazendo com que o corredor aprenda a ouvir o seu corpo. Há duas tabelas, a original vai de 6 à 20, e a modificada (e simplificada), vai de 0 à 10 e deve ser visualizada para o que o corredor possa ter em mente mais facilmente o seu valor correspondente.
Fonte texto: runningnews.com.br/noticias...
Fonte foto: Sesc São Paulo