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Diabetes, Aprender a Conviver - ANAD

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DIABETES. MELHOR EVITAR OS REGIMES MUITO RESTRITIVOS

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FF49
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Réginald Allouche exerce duas funções, o de médico-nutricionista e de engenheiro. Especialista em diabetes há trinta anos, ele acaba de publicar seu “Método anti-diabetes. Como limitar ou suspender os riscos” (Éditions Flammarion). Um método detalhado em 8 semanas, claro e didático, com cardápios e receitas no final, que ele apresentou ao Figaro.

Entrevista a Pauline Fréour – Le Figaro

Le Figaro - Por que escreveu este livro?

Dr. Réginald Allouche - Há 30 anos, tenho trabalhado com pacientes diabéticos e cansei de ver esta doença progredir. É preciso saber que antes de cair na categoria do diabetes do tipo 2, que está ligado a hábitos de vida ruins em termos de dieta e sedentarismo, o paciente passa por uma fase de pré-diabetes que dura de 5 a 15 anos, durante a qual ainda é possível inverter a tendência. Estudos têm demonstrado que ao perder de 5 a 7% de seu peso corporal e ao praticar 3 sessões de exercício físico semanais de 50 minutos cada, o risco de diabetes foi reduzido de 63%. Isto é muito significativo. Por outro lado, se não fizemos nada, um paciente em pré-diabetes tem 7 chances em 10 de desenvolver o diabetes do tipo 2.

Até que ponto os Franceses são afetados pelo diabetes?

Atualmente, a França tem 3,5 milhões de diabéticos do tipo 2, mas avalia-se que eles serão 6 milhões em 2020. Isto representará 10% da populaçao. Os Estados-Unidos já representam 15% e alguns países do Oriente Médio, 20%! Trata-se de uma doença que é considerada fora de controle pela Organização Mundial da Saúde.

O pré-diabetes não tem sintomas. Alguns sinais servem de alerta sobre a necessidade de consultar?

O sobrepeso é um fator de risco importante, pois ele representa 80% dos diabéticos. Trata-se também de uma doença cuja frequência aumenta com a idade, especialmente após os 45 anos de idade. Finalmente, uma sonolência extrema após as refeições – algumas pessoas dormem! – a irritabilidade, uma fadiga crônica persistente, compulsões alimentares, devem levar a uma investigação.

Por que é importante reagir?

O pré-diabetes é reversível, o diabetes, não. Mas as complicações do diabetes são graves: é a primeira causa de cegueira na França e de amputações não traumáticas. O diabetes também é a causa de insuficiência renal e de neuropatias. Ele reduz a expectativa de vida, aumentando o risco de cânceres e de doenças neurodegenerativas.

No seu livro, o senhor alerta contra «os boatos em termos de dieta ». Quais são os erros mais comuns a serem evitados?

É preciso evitar dietas muito restritivas que impedem a prática de esporte. Por uma razão simples: em repouso, um quilo de músculo queima 30 calorias. Portanto, quanto mais sua massa muscular for importante, mais seu organismo queima calorias em repouso. Praticar exercício físico não ajuda a perder peso, mas evita engordar novamente. E isso é importante, pois ao perder peso, é preciso manter esse novo peso por um ano para que nosso cérebro o registre como seu «novo padrão ». Caso contrário, ele vai tentar compensar e os quilos voltarão.

E quanto à alimentação?

Os produtos da indústria agroalimentar são ricos em açúcares e sal para melhorar sua conservação e seu gosto. Não se trata de uma conspiração contra as indústrias, eles fazem isso para atender as expectativas dos clientes, que querem seus produtos aos melhores preços. Portanto, seria necessário conseguir comer mais produtos locais e frescos. Mas eu sei que não é fácil e, às vezes, caro. Mas ao olharmos a qualidade dos produtos, nos protegeremos melhor. Por exemplo, um queijo AOC garante que a vaca leiteira comeu capim e que seu leite contém menos ômegas-6, que consumimos em grande quantidade se comparado com os ômegas -3. O mesmo vale para a carne quando o animal se alimenta nos pastos.

Fonte: brasil247.com/

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FF49
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amc1512

A cada dia me convenço de que aquele ditado que diz que "somos o que comemos" contém verdade. Na medida em que a gente vai percebendo as mudanças e o próprio atuar do organismo, vai-se aprendendo o que é melhor em termos de alimentação e práticas. Tenho observado que a prática do exercício físico é altamente positiva no processo de contenção da taxa de glicemia nos limites de normalidade. Há, entretanto, um outro fator que influi enormemente no retorno e manutenção da taxa dentro da normalidade: a alimentação, principalmente, a da noite, que influi decisivamente na taxa em jejum. A observação pessoal(sei que cada pessoa é diferente) mostrou-me que é recomendável alimentar-se a noite com comidas leves e de fácil digestão e, naturalmente, não ficar "beliscando" na geladeira até a hora de dormir. É imperativo que se tenha disciplina no controle alimentar da noite, se não, o esforço do resto do dia vai-se embora. Essa é uma experiência pessoal que espero, contribua.

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sergiogiaxa

Eu tenho Diabetes tipo 2 controlada a base de remédios e alto custo mas tenho um vontade voraz de comer doces e não me contenho.

Como diminuir essa vontade de comer doces? Alguma sugestão?

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FF49 in reply to sergiogiaxa

sergio, mudança de hábito não é uma tarefa fácil, muito ao contrário. Minha sugestão é falar com sua nutricionista, claro também com seu médico, mas sua atitude tem muito a ver com o lado psicológico, eu penso desta maneira. Cada vez mais, o tratamento do diabetes é realizado por uma Equipe Profissional : Medico, Nutricionista, Prof. Atividade Física, Psicólogo, Farmacêutico, Enfermagem , e cada profissional dentro de sua área de conhecimento e competência ajudará na orientação do controle do Diabetes. Para simplificar, coma um Doce Diet, mas antes, fale com sua nutricionista e com ela elabore uma dieta para você. Se cuide e controle para evitar as complicações. Boa sorte. Abraço.