Diabetes Tipo 1
Doença auto-imune em que têm-se auto-destruição das células do pâncreas que produzem insulina.
Quando pouca ou nenhuma insulina é produzida, o corpo não consegue absorver a glicose do sangue; as células ficam desnutridas, e o nível de glicose no sangue fica constantemente alto. A solução é injetar insulina subcutânea (embaixo da pele) diariamente para que a glicose possa ser absorvida pelas células.
Uma vez que o distúrbio se desenvolve, não existe maneira de "reativar" as células produtoras de insulina no pâncreas.
Portanto, a dieta correta, e injeções diárias de insulina são necessárias por toda a vida de um diabético.
Não se sabe o que causa a destruição das células produtoras de insulina do pâncreas ou porque o diabetes desenvolve em certas pessoas e não em outras. Fatores hereditários parecem ter o seu papel, mas o distúrbio, praticamente, nunca é diretamente herdado.
Sabe-se que há casos em que algumas pessoas nascem com genes que as predispõem à doença. Mas outras têm os mesmos genes e não têm diabetes. Pode ser algo próprio do organismo, ou uma causa externa, por exemplo, perdas emocionais. Ou também alguma agressão por determinados tipos de vírus: O Coxsackie.
Diabetes Tipo 1, são considerado o diabetes da infância e juventude, atinge aproximadamente 5% do total dos pacientes diabéticos, mas pode aparecer em pessoas com até 35 anos.
Diabetes Tipo 2:
O Diabetes Tipo 2 é considerado o diabetes do adulto, e é responsável por 95 % dos diabéticos.
Esse tipo de diabetes é de 8 a 10 vezes mais comum que o Tipo 1, acometendo 10% da população, entre 30 a 69 anos. E em alguns casos recém diagnosticados, pode ser tratado (controlado) com dieta e exercícios físicos; em outros casos necessita de um tratamento mais rigoroso com medicamentos orais (hipoglicemiantes) e em fases mais avançadas e em pacientes de difícil controle será necessária a associação de insulina ou até mesmo a insulinoterapia intensiva.
Sabe-se que o Diabetes Tipo 2 possui fator hereditário maior do que o Tipo 1. Além disso, há grande relação com a obesidade e o sedentarismo, ou seja, com o estilo de vida. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos. A incidência é maior após os 40 anos.
Uma das peculiaridades é a contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção pelas células musculares e adiposas; por muitas razões, essas células não conseguem metabolizar a glicose presente na corrente sangüínea. Denomina-se essa anomalia de "resistência Insulínica".
Os sintomas do Diabetes Tipo 2 são menos pronunciados e esta é a razão para considerar este tipo de diabetes mais "silencioso" que o Tipo 1. Por isso ,o Diabetes Tipo 2 deve ser levado a sério pois seus sintomas podem permanecer desapercebidos por muito tempo, pondo em sério risco a saúde da pessoa . Quando ocorre o diagnóstico, 50% das pessoas já têm complicações.
Diabetes Gestacional:
Diabetes Gestacional é o tipo de diabetes que acomete mulheres não-diabéticas durante a gestação.
No Diabetes Gestacional, a mulher desenvolve o diabetes durante a gestação, porque produz quantidade insuficiente de insulina para ela e seu bebê.
Ao término da gestação, a mulher poderá voltar ao seu estado normal de produção de insulina. Esse processo pode ocorrer neste período, pois a placenta produz substâncias que bloqueiam a ação da insulina, o que pode provocar em alguns casos o aumento da glicemia.
Essa é uma situação passageira em sua vida e seu bebê vai desenvolver-se normalmente, se forem seguidas todas as recomendações do seu médico e a glicemia seja mantida dentro dos parâmetros normais desejáveis.
Fatores de Risco do Diabetes Gestacional
• Idade acima de 30 anos;
• Obesidade ou ganho excessivo de peso na gestação;
• Parentes próximos com diabetes;
• Gestação anterior com bebê pesando mais que 4 Kg ao nascer;
• Aborto ou morte fetal anterior (não-esclarecidos);
• Tratamento de hipertensão arterial;
• Diabetes em gestações anteriores;
• Presença de glicose na urina.
Consequências da glicemia elevada para a gestante e o bebê.
• Macrossomia - a criança cresce muito e pode nascer pesando mais que 4 Kg;
• Parto cesária em função do tamanho da criança;
• Bebê com hipoglicemia ao nascer (baixa de açúcar no sangue);
• Morte fetal intra-útero;
• Infecções urinárias freqüentes na gestação;
• Parto prematuro em função de excesso de líquido amniótico no útero, causando, aumento exagerado da barriga e do peso;
• Má formação fetal.
Mantendo os níveis de glicemia em valores normais, a gestante evitará todas as conseqüências do Diabetes Gestacional.
Quando o Diabetes Gestacional for diagnosticado, será obrigatório o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar composta por médicos obstetra e endocrinologista, além de nutricionista e enfermeira.