Isolada em 2021, a insulina e se seus subsequentes, inicio com o marco do tratamento de um menino de 14 anos em coma diabética em Toronto em 2022 Foi um estudo científico inovador, realização clínica que transformou o tratamento do diabetes e é comemorado nesta edição temática da Revista The Lancet. ( Volume 398 de 13 de novembro de 2021 ).
Mas apesar dos sentimentos altruístas dos descobridores - Bating, Best, Collip e Macleod- “ Insulina Pertence ao Mundo”, a falta de acesso à insulina ao longo dos últimos 100 anos refletem uma política terrível e falha na implementação.
Uma revisão descreve a escala do problema quando se trata de acesso à insulina em pessoas de baixa renda. Há uma escassez de dados- menos da metade dos países da África Central e Oriental e Ocidental, a África subariana tem as políticas necessárias e registros para contabilizar com precisão os números e necessidades dos pacientes com diabetes.
A falta de dados faz saber como essas falhas afetam quantificar a expectativa de vida. Mas em um estudo longitudinal com acompanhamento de 20 anos em Soweto, África do Sul, mostrou que a taxa de mortalidade para pessoas com diabetes tipo 1 foi 43%. Mortes prematuras por diabetes tipo 1 e tipo 2 em todo o mundo aumentaram 5% desde 2000, em forte contraste a mortes prematuras por outras doenças não transmissíveis, que tem diminuído.
Apesar dos esforços como a pré-qualificação da OMS de insulina, que visa estimular mais fabricantes de insulina e custos mais baixos, juntamente com a inclusão de análogos de insulina de ação prolongada e seus biosimilares na Lista de Medicamentos Essenciais da OMS ( a insulina está na lista desde 1977), a insulina permanece inacessível para muitas pessoas.
Um movimento este ano do Comitê de Especialistas da Lista de Medicamentos Essenciais da OMS para criar um grupo de trabalho sobre medicamentos essenciais de alto preço é bem vinda.
Um artigo da " Perspectives ", documenta como um século de práticas de preços controversas, incluindo a fixação de preços, levou a repetidas falhas no mercado e continuou levando a mortes desnecessárias nos Estados Unidos.
Um comentário destaca a necessidade de focar no racismo estrutural que complica o preço do acesso à insulina para os racialmente marginalizados americanos, que são mais propensos a ser prescrita insulina e é mais provável que sejam de baixa renda, populações sem seguro ou com seguro insuficiente que são incapazes de pagar por isso.
Pesquisa e desenvolvimento tem se concentrado em aumentar análogos de insulina, mais novos- alguns dos quais tem evidências pouco claras de maior eficácia, apesar dos custos mais altos- e o monitoramento contínuo da glicose com aparelhos que estão fora do alcance da maioria dos pacientes em todo o mundo.
O resultado é que pouca coisa mudou na forma como os pacientes com diabetes tipo 1 são tratados em grande parte do mundo nos últimos 100 anos. Junto com a dificuldade em obter insulina, muitos pacientes não tem acesso ao monitoramento básico da glicemia, o diagnóstico continua a ser um problema e o acesso à educação do paciente é limitado.
Um passo promissor foi a criação da Organização Mundial da Saúde do Global Diabetes Compact, que reúne empresas privadas e setores públicos para trabalharem em três áreas principais:
Melhorar o acesso à insulina e tratamento do diabetes que acompanha produtos, construindo sistemas de saúde resilientes e envolvendo quem convive com diabetes neste diálogo. Também há um foco na melhoria da prevenção do diabetes tipo 2.
Globalmente, cerca de 80 % dos pacientes que vivem com diabetes vivem em países de baixa e média renda, ainda que a maioria das partes interessadas continua a realizar uma agenda de pesquisa impulsionada pelas necessidades da população de alta renda.
Um foco preenchendo a lacuna de informações com dados melhores, uma frugal inovação e se concentrando em avanços para as configurações de recursos ajudarão muito.
Mas pelos próximos 100 anos, dando uma mirada no passado, o mercado de insulina e as empresas que o impulsionam deveriam atuar para servir aqueles mais necessitados.
Fonte: The Lancet - thelancet.com Vol 398 November 13, 2021