Recentemente, a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Para Fins Especiais e Congêneres (ABIAD) realizou uma pesquisa inédita sobre o consumo de Suplementos Alimentares no país.
O estudo foi feito em conjunto com a Associação Brasileira das Empresas do Setor Fitoterápico, Suplemento Alimentar e de Promoção da Saúde (Abifisa) e a Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri).
No total, foram avaliados 1007 domicílios em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Porto Alegre, Belém e Fortaleza, nos meses de março e abril de 2015. Entre os entrevistados, 47% homens, 53% mulheres, com mais de 17 anos de idade e representando todas as classes sociais. A pesquisa mostra que o consumo de suplementos está presente em 54% dos lares brasileiros.
O Dr. Fábio Moura, presidente da Comissão Temporária para o Estudo da Endocrinologia, Exercício e Esporte da SBEM (CTEEE), explica que o ideal é ter o acompanhamento de um médico ou nutricionista para identificar se há ou não a necessidade do uso de um suplemento. “Um adulto normal, que tenha alimentação balanceada e faça atividade física habitual (três vezes na semana), em tese, não tem necessidade.
Uma pessoa que faz atividade mais intensa ou um atleta, mesmo que seja amador, já tem uma grande probabilidade de necessitar de suplemento, afinal, é pouco provável que ele consiga obter só com a dieta “convencional” a cota calórica e proteica que ela precisa”, comenta.
A pesquisa também revelou que, entre os entrevistados, 76% admitiram não fazer qualquer dieta e, desta porcentagem, mais da metade fazem por decisão espontânea, ou seja, sem qualquer orientação médica ou de um nutricionista. Dr. Fabio explica que o ponto crucial é se adequar a dieta. “Após se adequar, você vai ver se é o caso ou não de usar o suplemento. É mais prático, é a questão da moda e a fantasia de conseguir as coisas mais facilmente. Mesmo para quem tem indicação, é precisa ser utilizado dentro de um contexto, dentro de um plano”.
Entre outros dados do estudo realizado pela ADIAB, estão:
# No quesito alimentação saudável, 53% das pessoas promovem uma dieta balanceada e 47% estão insatisfeitos com a sua própria alimentação. Um pouco mais da metade (51%) evita alimentos pouco saudáveis como comidas gordurosas, frituras, sal, açúcar, massas, etc. As frutas, verduras, legumes, carnes brancas são priorizados por apenas 23% da população.
# Entre as doenças ligadas aos hábitos alimentares que mais preocupam a população estão: Diabetes (53%), Hipertensão (49%), Problemas com Colesterol (44%) e Obesidade (39%).
# Para 59% dos domicílios, a alimentação melhorou. As razões indicadas pela melhora são: a prática de alimentação saudável (67%), a ajuda de nutricionistas (78%), e as atividades físicas (62%).
# Sobre o consumo de suplementos, 75% complementam a alimentação (vitaminas, proteínas, minerais, etc) e 57% (energia, aumento de massa muscular, entre outros) buscam promover o bem estar.
# Os suplementos que mais se destacaram foram o Ômega 3, Multivitamínicos Vitamina C e Cálcio. Em percentuais, 48% são vitaminas, 22% minerais, 19% extraídos de plantas, 17% ácidos graxos, 16% proteínas, 14% aminoácidos e 12& de óleos como cártamo, peixe, alho, etc.
# A maioria das pessoas adquire seus suplementos uma vez por mês. Desses, 19% buscam preço, 14% vão pela formulação e 13% pela marca ou procedência.
Fonte: Notícias - Portal da SBEM - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia