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Diabetes, Aprender a Conviver - ANAD

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Tecnologia : Medicina de Pulso

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O software ResearchKit da Apple, a ser lançado em abril, revoluciona a interface medicina-tecnologia.

O Apple Watch chega com o propósito de mudar a maneira como os dados de estudos médicos são coletados.

Coletar grande número de dados sobre a saúde de milhões de usuários vai permitir um conhecimento mais próximo da realidade.

E como os dados podem também ser individualizados, um dos objetivos é poder indicar tratamentos personalizados.

“Não se pode mais cuidar das pessoas com uma abordagem de tamanho único, os dados coletados vão nos ajudar a entender doenças graves e o que cada indivíduo em separado precisa fazer para se recuperar mais rápido”, diz a doutora Patricia Ganz, da Escola de Saúde Pública da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

Para isso a Apple desenvolveu um software que tem a fonte aberta, podendo ser modificado por desenvolvedores, e opera com o HealthKit, outro software que permite que aplicações de fitness e saúde trabalhem juntas com o iPhone. Já existem hoje mais de 900 aplicações em uso compatíveis com o HealthKit.

O ResearchKit já está disponível, mas com o lançamento do Apple Watch dados de milhões de usuários da nova engenhoca de pulso estarão disponíveis por pesquisadores para ser utilizados em estudos científicos. Assim, a Apple criou a maior fonte de informação sobre a saúde das pessoas que já existiu a um custo baixíssimo. Pesquisadores das melhores universidades e hospitais do mundo, como Harvard, Oxford, Universidade de Rochester, Dana Faber e Stanford, estão envolvidos no projeto.

O que torna esse projeto singular é que o ResearchKit estará disponível para todos os iPhones espalhados pelo mundo e os dados serão analisados por cientistas. Estudos científicos são mais confiáveis quanto maior for o número de participantes e, com a universalização do celular, esse número chegará aos milhões. Os participantes vão contribuir com as pesquisas em tempo real, em situações do dia a dia, melhor que em pesquisas feitas em ambientes artificiais ou baseadas em entrevistas.

O ResearchKit já possui cinco aplicações que vão compartilhar dados de usuá-rios do Apple Watch que permitirem a divulgação deles para pesquisas em mal de Parkinson, diabetes, asma, câncer de mama e doenças cardiovasculares.

Um dos estudos, coordenados pelo doutor Stanley Shaw, do Massachusetts General Hospital, avalia o comportamento de pessoas com diabetes tipo 2 e analisa os hábitos alimentares, os exercícios e o uso das medicações em relação ao nível de açúcar medido. Outro, do Hospital Monte Sinai de Nova York, que espera centenas de milhares de participantes, pede que asmáticos preencham um questionário de 1 ou 2 minutos duas vezes ao dia por seis meses.

O iPhone vai lembrar o participante de tomar sua medicação para asma e o estudo tem como objetivo descobrir a frequência das crises de asma entre os participantes, o que as desencadeia e como e quanto as medicações estão sendo eficientes, podendo avaliar a qualidade do ar, a localização geográfica, o acesso ao tratamento e outras informações que o próprio iPhone vai fornecer, tudo isso mantendo sigilo das informações médicas e pessoais do participante.

Outro estudo utiliza recursos do iPhone e do Apple Watch para avaliar a destreza, equilíbrio e marcha de indivíduos com a doença de Parkinson e os efeitos benéficos e colaterais de suas medicações. Um estudo com pacientes que tiveram câncer de mama vai verificar seus hábitos diariamente para entender por que algumas evoluem melhor que as outras e, por fim, o quinto estudo checará os fatores de risco, os hábitos e os batimentos do coração de cardíacos durante exercícios, para descobrir o que devem fazer ou deixar de fazer para melhorar a saúde de seu coração.

O iPhone e o Apple Watch vão oferecer juntos GPS, acelerômetro, barômetro, giroscópio, medidor de frequência cardíaca, quando você senta ou levanta, calorias consumidas, tudo a serviço da medicina.

Fonte: Carta Capital - por Rogério Tuma — publicado 20/03/2015

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