por José Cândido Póvoa , Especial para Opinião Pública
ref.: Diário da Manhã
De repente, vi toda minha vida resumida e confinada em um centro cirúrgico. Mas até chegar lá, vários foram os passos dados. Embora todos os exames preventivos tenham sido realizados e nenhuma alteração mais significativa constatada, o urologista entendia ser o toque o melhor diagnóstico para a prevenção de problemas na próstata. Exame realizado e a solicitação de uma biópsia em vista de pequena calosidade naquela glândula. Adiei ao máximo tal procedimento pois eu não constatava, aparentemente, nenhum sintoma considerável. Eis aí o grande engano de nós leigos no assunto. Mas por insistência das pessoas que me cercam, certo dia resolvi realizar o solicitado exame. Qual não foi a minha surpresa que dos doze microscópicos fragmentos pinçados, um acusava a presença de células cancerígenas em fase inicial. Solução: cirurgia visando eliminar o mal pela raiz. Exames pré-operatórios. Tudo dentro dos parâmetros normais. Foi após tudo isso que me vi, numa manhã de sábado, no centro cirúrgico para realização do procedimento.
Cirurgia não muito complicada mas delicada e que exige do profissional médico perícia e habilidade extras, em vista das consequências que podem advir. A despeito de todo cuidado da equipe médica, após três horas e meia eu já um pouco desperto, reclamei de dores, no que é solicitado ao anestesiologista a aplicação de mais um pouco do anestésico. Assim foi feito. Naquele momento, ouço o mesmo dizendo que eu empalidecia gradativamente. Foram, naquele momento, as últimas palavras que consegui ouvir e entender.
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