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Remédio para Diabetes – Os Mais Usados no Tipo 1 e 2

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A diabetes é um problema de saúde muito comum atualmente, que pode ocorrer devido a problemas genéticos ou por causa de hábitos não saudáveis.

A insulina é um hormônio essencial ao organismo humano, pois ela está diretamente envolvida em processos de regulação e transporte de glicose pelo corpo. A glicose, por sua vez, é usada pelas células para gerar energia para todo o organismo. Portanto, não podemos negar a importância de manter os níveis de glicose adequados para ter uma vida saudável.

Há dois tipos principais de diabetes, o tipo 1 e o tipo 2. Na diabetes tipo 1, o organismo, mais especificamente o pâncreas, não é capaz de produzir a insulina. Já na diabetes tipo 2, o tipo mais comum da doença, o corpo não produz insulina suficiente ou a insulina que é produzida não funciona da forma que deveria, pois as células não conseguem reconhecer a substância e deixam de produzir a energia necessária para as funções vitais do organismo.

A diabetes é uma doença séria que não tem cura, mas é possível controlar os níveis de açúcar no sangue e viver uma vida normal. Vamos destacar e analisar abaixo os tipos de remédio para diabetes mais usados e eficazes no controle da diabetes dos tipos 1 e 2.

Tratamento para diabetes

Antes de qualquer coisa, é preciso sempre manter uma dieta e peso saudáveis, além de praticar exercícios físicos, independentemente do tipo de diabetes que a pessoa apresente. Dependendo do tipo de diabetes, também é necessário o monitoramento do açúcar no sangue, o uso de insulina e/ou de medicamentos orais durante o tratamento. Vamos discutir tudo isso a seguir.

O principal objetivo do tratamento da diabetes é controlar os níveis de glicose no sangue para evitar complicações.

A diabetes tipo 1 deve ser tratada com a administração de insulina, já que o organismo por si só não é capaz de produzir o hormônio. Além disso, o tratamento necessita de uma dieta e rotina de exercícios adequados ao paciente.

A diabetes tipo 2 pode ser tratada também com alterações na dieta, prática de atividades físicas e controle do peso. O uso de medicamentos orais e/ou de insulina na diabetes tipo 2 é adotado apenas quando o tratamento usual não é suficiente para controlar os níveis de açúcar no sangue.

Dieta

Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, não há uma dieta específica para diabetes. No entando, a pessoa deve-se ter o conhecimento necessário para adequar seus hábitos alimentares consumindo mais frutas (de baixo índice glicêmico), vegetais e grãos integrais, já que eles são alimentos altamente nutritivos, ricos em fibra e com baixo teor de gorduras e calorias. Além disso, é importante reduzir o consumo de produtos de origem animal, carboidratos refinados e doces em geral.

12 Dicas Para Uma Dieta Para Diabéticos

Muitos elementos de uma dieta para diabéticos é comum a qualquer dieta balanceada, para uma pessoa que busca saúde e boa forma. No entanto, algumas dicas podem ajudar em especial os diabéticos, já que um dos objetivos principais e controlar os níveis de açúcar no sangue.

A importância de uma dieta para diabéticos

De acordo com dados do ano de 2013 divulgados pela Agência Brasil, a diabetes afeta 382 milhões de pessoas em todo o mundo e a expectativa é que esse número chegue aos 592 milhões em 2035. Por aqui, no Brasil, a condição já atinge 13,4 milhões de pessoas, conforme dados da Federação Internacional de Diabetes de 2012.

A doença é causada pela falta da insulina ou pela impossibilidade de que ela exerça suas funções adequadamente. O hormônio é responsável por reduzir a taxa de glicose no sangue ao fazer com que o açúcar seja transportado para as células e usado como fonte de energia. Quando ele não consegue cumprir a função há uma elevação nos níveis de açúcar.

Conforme a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), ainda não existe cura para a doença. No entanto, existem tratamentos que permitem o controle do nível de açúcar no sangue e previnem contra possíveis complicações que podem ser trazidas pela doença.

Entre a prática de exercícios físicos, o uso de medicamentos, o uso de insulina, o controle do estresse, o corte de cigarros e bebidas alcoólicas e o cuidado com a saúde bucal, está o cuidado com a alimentação, um aspecto fundamental para o controle da condição.

Por isso, hoje nós vamos passar algumas dicas que podem auxiliar quem precisa seguir uma dieta para diabéticos.

1 – Consumir alimentos ricos em fibras

As únicas vantagens das fibras não são o auxílio ao funcionamento do intestino e a sensação de saciedade. Na dieta para diabéticos o benefício que ela traz é de diminuir os níveis de açúcar no sangue. Tanto que a Associação Americana de Diabetes recomenda que pessoas que têm risco de desenvolver diabetes do tipo 2 ingiram 14 g de fibras a cada 1 mil calorias que consomem.

Vegetais, frutas, nozes, feijões, ervilhas, lentilhas, farinha de trigo integral e farelo de trigo são alguns dos alimentos que servem como boas fontes de fibras.

2 – Atenção aos carboidratos

Tanto os carboidratos simples quanto os complexos são transformados em açúcar no sangue durante o processo de digestão. Por isso, é necessário que os portadores de diabetes tenham uma atenção especial quanto ao tipo de carboidrato que comem em suas refeições.

O ideal é buscar fontes de carboidratos complexos, que são digeridos de modo devagar pelo organismo. Isso significa que ele libera doses de glicose aos poucos, o que evita os picos nas taxas de açúcar no sangue.

Arroz integral, pão integral, cereais integrais, lentilha, grão-de-bico, cenoura, batata-doce e amendoim são algumas das fontes de carboidrato complexos.

Os carboidratos simples e doces não estão proibidos mas devem ser ingeridos bem de vez em quando. E quando a pessoa decidir comer um docinho, deve diminuir o consumo de carboidratos provenientes de outras fontes de alimentos.

3 – Aprenda a contar os carboidratos das refeições

Além de preferir as fontes saudáveis do nutriente, também é necessário fazer uma contagem de carboidratos na dieta para diabéticos, visto que eles exercem grande impacto quanto à taxa de glicose no sangue.

De modo resumido, para fazer a contagem é necessário sempre verificar o teor de carboidratos dos alimentos em seus rótulos e definir qual a quantidade da substância que deve ser ingerida a cada refeição, algo que deve ser determinado pelo médico, levando em consideração à necessidade calórica e o controle glicêmico de cada paciente.

Veja o manual de contagem de carboidratos fornecido pelo Departamento de Nutrição da Sociedade Brasileira de Diabetes.

4 – Consumir comidas boas para o coração

A diabetes aumenta o risco de doença no coração e acidente vascular cerebral (AVC) porque acelera o desenvolvimento de artérias entupidas e endurecidas. Por esse motivo, é importante que quem possui diabetes também tome cuidado para que sua alimentação cause efeitos positivos na saúde do coração.

Nessa lista entre peixes como halibute, atum, salmão, sardinha, e bacalhau e abacate, nozes, amêndoas, nozes-pecã, amêndoas, óleo de oliva e óleo de amendoim.

Por outro lado, para cuidar da saúde do coração também é importante e evitar o AVC é necessário controlar a ingestão de gorduras saturadas, certificando-se que somente 7% das calorias diárias venham desse tipo de gordura, e reduzindo bastante a ingestão de gorduras trans.

O consumo de sódio também deve ser moderado, sem ultrapassar a barreira das 2,3 mil mg por dia, e controlar a ingestão de colesterol que não deve ser mais de 300 mg diariamente.

5 – Atenção ao índice glicêmico dos alimentos

Alimentos com baixo índice glicêmico, como cereais integrais, batata-doce e massas integrais, por exemplo, não aumentam muito as taxas de glicose no sangue, ao contrário daqueles que possuem um alto índice glicêmico, como pão branco e arroz branco.

Portanto, os primeiros devem aparecer mais que os segundos na dieta para diabéticos. No entanto, fica a ressalva que alguns alimentos ricos em gorduras podem ter um índice glicêmico baixo. Portanto, além de olhar esse índice é preciso verificar o teor de gordura da comida em questão e optar por opções mais saudáveis no aspecto geral.

6 – Não pular refeições

Quem sofre com a diabetes não deve pular as refeições, principalmente se estiver fazendo uso da insulina. Isso afeta o equilíbrio entre o consumo de alimentos e a ingestão de insulina e pode levar ao baixo nível de açúcar do sangue, além de estimular o ganho de peso.

Geralmente os pacientes são orientados a fazer três refeições por dia, com lanchinhos entre cada uma delas. O horário da alimentação é importante para controlar a aplicação de insulina, pois há casos em que o médico recomenda que ela seja aplicada antes de todas as refeições, além do período noturno.

Assim, o paciente deve obedecer a duração entre as refeições e lanchinhos determinadas pelo médico.

7 – Preparar a comida em casa

Depois de sentar com o médico e o nutricionista, o diabético saberá exatamente como deve ser a sua alimentação para controlar a doença, tendo em vista as suas necessidades específicas. Com o tempo, ele certamente se acostumará e tornará a dieta um hábito.

Entretanto, segui-la quando for comer fora de casa é um verdadeiro desafio. Por isso, uma dica é evitar fazer as refeições em restaurantes e lanchonetes o máximo que puder e preparar a alimentação em casa, levando potes e marmitinhas para os trabalhos e outros compromissos.

Além de ser complicado resistir a tentação de comer o que não deve na rua, nem sempre dá para saber a composição dos alimentos preparados nos restaurantes e lanchonetes. Já, se a refeição for feita em casa é perfeitamente possível controlar as porções, ingredientes e nutrientes dos pratos.

É claro que de vez em quando não vai dar para evitar sair para comer. Nesses casos, o jeito é optar pelo prato mais saudável do corpo, como saladas de vegetais que passem longe dos temperos gordurosos, ou sanduíches integrais.

8 – Converse com o nutricionista sobre o sistema de trocas

Se você ainda não conhece o método, converse com o seu nutricionista sobre a possibilidade de usá-lo. Funciona assim: ele mostra a equivalência de porções de diferentes alimentos que trazem os mesmos carboidratos, proteínas, gorduras e calorias. Por exemplo, 1/3 de xícara de macarrão cozido é correspondente a uma maçã.

Isso facilita para que a ingestão de nutrientes não saia do controle e que a dieta possa ser mais diversificada e agradável.

9 – Adicionar uma fruta ou um vegetal novo por semana à dieta

Descobriu que tem diabetes mas nunca foi muito fã de comer frutas e vegetais? Tente integrar esses alimentos aos poucos à sua refeição, adicionando um item que você nunca comeu na vida por semana. Porém, antes de iniciar a tática, converse com o médico sobre quais são os mais indicados para não elevar a taxa de açúcar e teste como eles afetam o nível de glicose após comê-los.

10 – Para quem tem problemas renais: atenção redobrada

A diabetes pode trazer complicações como doenças e insuficiência renais. Quando isso acontece, a dieta passa a ter outras especificações como restrição no consumo de proteínas, potássio, fósforo e sal no início do tratamento.

Já a ingestão de gorduras e carboidratos pode precisar ser aumentada para manter o peso e a massa muscular. Porém, como se trata de algo especial, o paciente deve ter o acompanhamento do médico e nutricionista e seguir certinho as recomendações feitas por eles em relação à alimentação.

Referências adicionais

Barnard, Neal D., et al. “A low-fat vegan diet and a conventional diabetes diet in the treatment of type 2 diabetes: a randomized, controlled, 74-wk clinical trial.” The American journal of clinical nutrition (2009): ajcn-26736H.

Rosenfalck, A. M., et al. “A low‐fat diet improves peripheral insulin sensitivity in patients with Type 1 diabetes.” Diabetic medicine 23.4 (2006): 384-392.

Kavookjian, Jan, et al. “Patient decision making: strategies for diabetes diet adherence intervention.” Research in Social and Administrative Pharmacy 1.3 (2005): 389-407.

Marsh, Kate, et al. “Glycemic index and glycemic load of carbohydrates in the diabetes diet.” Current diabetes reports 11.2 (2011): 120-127.

Vijan, S., et al. “Barriers to following dietary recommendations in Type 2 diabetes.” Diabetic Medicine 22.1 (2005): 32-38.

Exercícios físicos

A prática de exercícios aeróbicos regulares para pessoas com diabetes é crucial para o tratamento. Isso porque o exercício é capaz de diminuir o nível de açúcar no sangue ao movê-lo para dentro das células, onde é convertido em energia. Além disso, a atividade física aumenta a sensibilidade à insulina e, assim, o corpo precisará de menos insulina para transportar o açúcar para as células. O ideal é praticar pelo menos 30 minutos por dia de alguma atividade física como caminhar, nadar, correr ou andar de bicicleta, por exemplo.

Insulina

Pessoas com diabetes tipo 1 precisam de insulina para sobreviver pois seu organismo não produz o hormônio. Muitas pessoas com diabetes tipo 2 ou diabetes gestacional também precisam de terapia com insulina.

Existem diversos tipos de insulina, que incluem a insulina de ação rápida, insulina de ação prolongada e outras opções intermediárias. Dependendo das necessidades, o médico pode prescrever uma mistura de tipos de insulina para usar durante o dia e a noite.

A insulina é um hormônio que não pode ser tomado via oral para baixar o açúcar no sangue porque as enzimas do estômago interferem com a sua ação, e por esse motivo ela deve sempre ser injetada.

Medicamentos orais

São inúmeros os tipos de remédios para diabetes tipo 2 disponíveis, e alguns deles podem ser usados em combinação de 2 ou mais medicamentos. Todos eles visam a redução dos níveis de glicose no sangue através de diversos mecanismos. Destacaremos aqui os principais medicamentos usados para tratar a doença e como eles funcionam.

Há diversas classes de medicamentos que funcionam de maneiras diferentes para alcançar o mesmo objetivo: diminuir os níveis de glicose no sangue.

1. Sulfonilureias

As sulfonilureias são uma classe de remédio para diabetes que atuam estimulando as células beta do pâncreas a liberar mais insulina. Este medicamento vem sendo usado para este fim desde a década de 1950.

Esse tipo de medicamento é usado de uma a duas vezes por dia antes das refeições. Todos os tipos disponíveis no mercado atuam da mesma forma, porém os efeitos colaterais podem ser diferentes de acordo com a dosagem e as possíveis interações com outros medicamentos.

Existem as drogas de primeira geração como a Cloropropamina ou Diabinese e as de segunda geração que exigem uma menor dose no tratamento como a Glipizida (Glucotrol), a Gliburida (Micronase, Glinase e Diabeta) e a Glimepirida (Amaryl).

Efeitos colaterais: algumas sulfonilureais como a cloropropamina podem interagir com o álcool e causar vômitos. Assim, a ingestão de álcool deve ser evitada ao tomar qualquer remédio para diabetes. Podem ocorrer também episódios de hipoglicemia e alergia em pessoas alérgicas a enxofre.

2. Biguanidas

A metformina (Glucofage) é a biguanida mais comum adotada nos tratamentos contra diabetes tipo 2. As biguanidas atuam diminuindo os níveis de glicose no sangue através da inibição da quantidade de glicose produzida pelo fígado. Além de ajudar a reduzir os níveis de glicose sanguínea, a metformina também torna o tecido muscular mais sensível à insulina, facilitando a absorção da glicose pelas células. Este medicamento geralmente é administrado duas vezes por dia.

Efeitos colaterais: um efeito colateral da metformina pode ser a diarréia, mas isso pode ser evitado ao usar o medicamento em conjunto com a ingestão de alimentos.

3. Meglitinidas

As meglitinas são drogas que, assim como as sulfonilureias estimulam as células beta do pâncreas a liberar insulina. Medicamentos como Repaglinida (Prandin) e Nateglinida (Starlix) são meglitinas que normalmente são tomadas 3 vezes ao dia antes de cada refeição principal.

Esse é um remédio para diabetes que pode ser usado em ação conjunta com outros medicamentos como a metformina, por exemplo, quando apenas um deles não é eficaz no controle da glicose no sangue.

Efeitos colaterais: a meglitinida não causa efeitos colaterais graves, mas podem eventualmente ser observados casos de ganho de peso, dores de cabeça, dores musculares e articulares, rinite, sinusite e faringite. Além disso, como as sulfonilureias e as meglitinas estimulam a liberação de insulina, é possível ter episódios de hipoglicemia (níveis baixos de glicose no sangue), que podem gerar transpiração, tremores, confusão mental e convulsões.

4. Tiazolidinedionas

entre as tiazolidinedionas mais conhecidas estão a rosiglitazona (Avandia) e a pioglitazona (ACTOS). Essa classe de remédios para diabetes ajuda a insulina a trabalhar melhor nos músculos e nas gorduras, além de reduzir a produção de glicose pelo fígado.

Efeitos colaterais: uma tiazolidinediona chamada troglitazona (Rezulin) já foi retirada do mercado por causar sérios problemas no fígado de alguns usuários do medicamento. Porém, a rosiglitazona e a pioglitazona não apresentaram os mesmos problemas e são frequentemente monitoradas quanto aos seus efeitos colaterais.

Além disso, ambas parecem aumentar o risco de insuficiência cardíaca em algumas pessoas e há ainda uma discussão no meio científico sobre o risco de ataque cardíaco aumentado pelo uso de rosiglitazona. Apesar de todos esses rumores, não há efeitos colaterais preocupantes relatados até o momento. O ideal é conversar com seu médico sobre a veracidade desses fatos e sobre a dosagem adequada do medicamento.

5. Inibidores de DPP-4

Os inibidores de DPP-4 são uma classe de medicamentos como as meglitinidas e as sulfonilureias, porém com a vantagem de não causar episódios de hipoglicemia. Esses remédios atuam impedindo a quebra de uma molécula presente naturalmente no nosso organismo, a GLP-1.

A GLP-1 é responsável por reduzir os níveis de glicose no sangue, porém ela é rapidamente quebrada para que não funcione bem quando injetada como uma droga. Ao interferir nessa quebra, os inibidores de DPP-4 permitem que a GLP-1 continue ativa no corpo por mais tempo, ou seja, diminuindo os níveis de glicose no sangue apenas quando os mesmos estiverem elevados, e não o tempo inteiro, como ocorre com as drogas que causam hipoglicemia.

O tratamento com inibidores de DPP-4 não promove ganho de peso e nem interferem nos níveis de colesterol.

Drogas como Sitagliptina (Januvia), Saxgliptina (Onglyza), Linagliptina (Tradjenta) e a Alogliptina (Nesina) são alguns inibidores de DPP-4 disponíveis atualmente.

Efeitos colaterais: não há efeitos colaterais relevantes relatados.

6. Inibidores de SGLT2

A glicose na corrente sanguínea passa através dos rins, onde pode ser excretada ou reabsorvida. O transportador de glicose de sódio 2 (SGLT2) trabalha no rim para reabsorver a glicose. A classe de medicamentos de inibidores de SGLT2 bloqueia esta ação, fazendo com que todo o excesso de glicose seja eliminado na urina e não reabsorvido.

Remédios como Canagliflozin (Invokana) e Dapagliflozina (Farxiga) são inibidores de SGLT2 recentemente aprovados para tratar a diabetes tipo 2.

Efeitos colaterais: por aumentar os níveis de glicose eliminados pela urina, um dos efeitos colaterais desse tipo de remédio para diabetes pode incluir infecções do trato urinário.

7. Inibidores de alfa-glucosidase

Acarbose (Precose) e Miglitol (Glyset) são os mais populares inibidores de alfa-glucosidade. Esses medicamentos auxiliam o organismo a diminuir os níveis de glicose no sangue através da quebra de amido presente nos pães, batatas, macarrão e no intestino. Eles também reduzem a degradação de alguns tipos de açúcares.

Assim, a ação destes inibidores retarda o aumento dos níveis de glicose no sangue logo após uma refeição e, portanto, devem ser administrados antes das refeições.

Efeitos colaterais: alguns dos efeitos colaterais deste medicamento podem ser diarréia e gases.

8. Sequestrantes de ácidos biliares

Os sequestrantes de ácido biliar, como o Colesevelam (Welchol), são medicamentos que reduzem o colesterol e que também reduzem os níveis de glicose no sangue. Esses remédios diminuem o colesterol LDL, que muitas vezes é alto em pacientes com diabetes, através da ligação com ácidos biliares presentes no sistema digestivo. Desta forma, o organismo utiliza o colesterol em excesso para substituir a falta de ácidos biliares, o que diminui o colesterol. Já o mecanismo pelo qual a glicose sanguínea também é diminuída ainda não é conhecido.

São medicamentos interessantes para pacientes com restrição de uso de outras classes de remédios para diabetes devido a problemas no fígado.

Efeitos colaterais: podem ser observados eventos de flatulências e constipação.

Além de usados isoladamente, alguns destes medicamentos podem ser usados em terapia de combinação oral. Isso porque alguns deles atuam de modos diferentes para diminuir a glicose no sangue e podem ser usados em combinação para potencializar o resultado final. Um exemplo de combinação possível é o uso de uma biguanida e uma sulfonilureia, já que uma atua no fígado e a outra no pâncreas, e em conjunto os efeitos contra a diabetes tipo 2 podem ser potencializados.

Muitas outras combinações podem ser usadas, mas é preciso tomar algumas precauções. Além de ser mais caro ter que tomar dois tipos de medicamentos, o aumento dos efeitos colaterais é um risco. Porém, combinar medicamentos orais pode melhorar o controle da glicose no sangue em pessoas que não respondem bem ao tratamento usando apenas um remédio para diabetes. E nem sempre apenas mudar a classe de medicamentos é o suficiente e o tratamento só é eficaz quanto a terapia de combinação é acionada.

O ideal é sempre consultar o médico sobre a opção mais eficaz e saudável para o seu tratamento.

Como escolher o melhor remédio para diabetes?

Os remédios para diabetes tipo 2 não funcionam do mesmo jeito para todos. As chances do medicamento funcionar são baixas se a pessoa apresenta diabetes há mais de 10 anos ou se já toma mais de 20 doses de insulina por dia.

Por outro lado, as chances são boas se a diabetes foi desenvolvida recentemente e pouca ou nenhuma insulina foi necessária para manter o nível de glicose no sangue próximo ao normal.

Algumas vezes, os medicamentos param de funcionar após alguns meses ou anos de uso e a causa não é cientificamente conhecida. Quando isso acontece, é possível iniciar uma terapia de combinação com 2 ou mais medicamentos.

Não existe um remédio melhor para o tratamento da diabetes. Às vezes é necessário tentar mais de um tipo de comprimido ou uma combinação de medicamentos ou ainda a complementação com insulina para surtir o efeito desejado.

Ao receitar um remédio para diabetes tipo 2, o médico deve considerar:

A magnitude da mudança no controle do açúcar no sangue por cada medicação;

Outras condições médicas coexistentes como hipertensão arterial, colesterol alto, etc.;

Resultados prejudiciais ou anormais (efeitos adversos) da terapia;

Contraindicações;

Problemas que podem afetar o paciente a tomar medicação – como tempo de medicação, freqüência de dosagem, etc.;

Custo para o paciente e o sistema de saúde.

O custo da terapia com medicamentos é relativamente baixo em comparação com os custos de gerenciamento de complicações crônicas associadas a diabetes não tratada ou mal controlada. Nem todos os pacientes com diabetes tipo 2 se beneficiarão de cada droga e nem todas as drogas são adequadas para cada paciente. Por esse motivo, pacientes com diabetes tipo 2 devem consultar o médico sobre a melhor opção de tratar e sempre lembrar da importância da dieta e do exercício físico no tratamento.

Dicas de remédio caseiro para diabetes

Como já foi destacada a importância das mudanças de hábitos na dieta e da prática de exercícios físicos como aliados do tratamento com medicamentos, seguem algumas dicas de remédio caseiro para diabetes, que podem ser incluídas na dieta para ajudar a manter os níveis de glicose no sangue sob controle.

– Canela

A canela em pó tem a capacidade de baixar os níveis de açúcar no sangue estimulando a atividade da insulina. Isso porque ela contém componentes bioativos que podem ajudar a prevenir e combater a diabetes.

Alguns estudos mostraram que ela pode funcionar como uma opção efetiva para baixar os níveis de açúcar no sangue em casos de diabetes não controlada do tipo 2. Porém, a canela não deve ser tomada em excesso por conter um composto chamado cumarina que, em excesso, pode causar danos ao fígado.

Além de adicionar a canela em bebidas quentes, é possível preparar uma bebida apenas com canela e água morna.

Veja mais: Canela para diabetes – Benefícios, chá, como usar e dicas.

– Feno grego

O feno grego é uma erva que pode ser usada para controlar a diabetes, melhorar a tolerância à glicose e baixar os níveis de açúcar no sangue devido à sua atividade hipoglicêmica. Além disso, ela também estimula a secreção de insulina dependente da glicose. Por ser uma erva rica em fibras, retarda a absorção de carboidratos e açúcares.

Há dois modos de consumir o feno grego, uma é colocar 2 colheres de sopa das sementes em um copo de água e tomar a solução no dia seguinte com o estômago vazio ou comer as sementes com leite.

Veja mais: Feno grego e diabetes – Baixa a glicose mesmo?

–Groselha indiana

Além de ser rica em vitamina C, a groselha indiana promove o bom funcionamento do pâncreas.

Para preparar o suco, pegue duas a três groselhas indianas, remova as sementes e triture-as até obter uma pasta fina. Coloque a pasta em um pano e esprema o suco. Depois disso, basta misturar duas colheres de sopa da pasta em um copo de água e beber diariamente com o estômago vazio.

– Ameixa preta

A ameixa preta pode ser um bom remédio caseiro para diabetes por ajudar muito no controle do nível de açúcar no sangue, isso por conter antocianinas, ácido elágico, taninos hidrolisáveis, etc. Cada parte da planta da ameixa, como as folhas, o fruto e as sementes, pode ser usada por pessoas que sofrem de diabetes.

Na verdade, uma pesquisa mostrou que as frutas e as sementes desta planta têm efeitos hipoglicêmicos, pois contribuem para reduzir rapidamente os níveis de açúcar no sangue e na urina.

As sementes, em particular, contêm substâncias que regulam o controle de níveis de açúcar no sangue. É importante incluir a fruta na dieta, pois ela pode ser muito eficaz para o bom funcionamento do pâncreas.

– Folhas de manga

As folhas de manga também podem ser um remédio caseiro para diabetes, regulando os níveis de insulina no sangue. Elas também podem ajudar a melhorar o perfil lipídico no sangue.

É indicado mergulhar de 10 a 15 folhas de manga macias em um copo de água durante a noite. De manhã, filtre a água e beba o líquido com o estômago vazio. Também é possível secar as folhas na sombra e triturá-las e ingerir uma colher e meia de chá de folhas de manga em pó duas vezes ao dia.

– Folhas de curry

As folhas de curry são úteis para prevenir e controlar a diabetes, por suas propriedades. Existem estudos indicando que as folhas de curry contêm um ingrediente que reduz a taxa em que o amido é quebrado em glicose em pessoas diabéticas.

Para consumir, é possível simplesmente mastigar cerca de 10 folhas de curry fresco diariamente pela manhã. Para melhorar os resultados, este tratamento deve ser feito por três a quatro meses. Além de agir contra a diabetes, o curry também ajuda a reduzir níveis elevados de colesterol e a obesidade.

– Aloe vera

O gel de aloe vera ajuda a baixar os níveis de glicemia durante o jejum. Isso porque ele contém fitosteróis que possuem possíveis efeitos anti-hiperglicêmicos para diabetes tipo 2.

Existe uma receita que combina de gel de aloe vera, folhas de louro e açafrão que é bastante útil para controlar o açúcar no sangue. Para fazer esta receita, basta misturar uma colher e meia de chá de cada uma das folhas e uma colher de sopa de gel de aloe vera e consumir a mistura 2 vezes ao dia, antes do almoço e antes do jantar.

– Goiaba

Devido à vitamina C e alto teor de fibras, o consumo de goiaba pode ser muito útil na manutenção do nível de açúcar no sangue. É melhor para os diabéticos não comer a casca da fruta, então, descasque-a primeiro e evite o consumo excessivo em um único dia.

– Quiabo

O quiabo tem componentes como moléculas polifenólicas que ajudam a reduzir os níveis de glicose no sangue e controlam a diabetes. Um estudo de 2011 publicado no Journal of Pharmacy & BioAllied Sciences encontrou um potencial antidiabético e anti-hiperlipidêmico em sementes e pó da casca de quiabo.

Além de incluir o quiabo em sua dieta, é possível preparar uma bebida ao cortar e furar os extremos de alguns quiabos com um garfo. Após esse procedimento, mergulhe o quiabo em um copo de água durante a noite e beba a água no dia seguinte com o estômago vazio.

– Folhas de manjericão

As folhas de manjericão têm a capacidade de baixar os níveis de açúcar no sangue porque contêm potentes antioxidantes e óleos essenciais que produzem substâncias como eugenol, metileugenol e cariofileno. Tais compostos ajudam as células beta pancreáticas (que armazenam e liberam a insulina) a funcionarem adequadamente e aumentarem a sensibilidade à insulina. Além disso, eles aliviam o estresse oxidativo das células.

– Chá verde

O chá verde não é fermentado e por este motivo apresenta alto teor de polifenóis , que possuem efeitos antioxidantes e hipoglicêmicos. Essas substâncias presentes no chá ajudam na liberação controlada de açúcares no sangue.

– Sementes de linhaça

Devido ao seu alto teor de fibras, as sementes de linhaça ajudam na digestão e ajudam também na absorção adequada de gorduras e açúcares. Estudos indicam que consumir sementes de linhaça ajuda a reduzir o nível de açúcar pós-prandial de um diabético em quase 28%.

Uma sugestão é consumir uma colher de sopa de pó de linhaça moído todas as manhãs com o estômago vazio com um copo de água morna. No entanto, não se deve exagerar na dose, pois mais de 2 colheres de sopa de semente de linhaça por dia pode prejudicar o organismo.

Outra dicas

Independentemente do tipo de remédio para diabetes que lhe for receitado, é preciso que o paciente se comprometa a controlar sua alimentação e incluir a prática regular de exercícios físicos na sua rotina.

Uma combinação de exercícios aeróbicos como uma caminhada diária e treinamento de resistência como musculação ou yoga 2 vezes por semana pode ajudar a controlar o açúcar no sangue de forma bastante eficaz.

Além disso, nunca deixe de monitorar seus níveis de açúcar no sangue; Siga um plano de alimentação saudável que inclua bastante fibra; Reserve alguns minutos do dia para se expor à luz solar para ajudar a produzir vitamina D, que é essencial para a produção de insulina; Beba bastante água, que além de hidratar ajuda a quebrar os açúcares ingeridos na dieta; Diminua ou elimine a ingestão de açúcares; Pratique meditação ou alguma atividade relaxante regularmente, já que o estresse também é um dos responsáveis por aumentar o nível de açúcar no sangue.

Referências adicionais:

Revisão Geral pela Dra. Patrícia Leite - (no G+)

diabetes.co.uk/Diabetes-her...

webmd.com/diabetes/type-2-d...

mayoclinic.org/diseases-con...

diabetes.org/living-with-di...

FONTE : Portal Saúde do R7 - 1

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