Bomba de insulina e a maior segurança no controle glicêmico para diabetes tipo LADA
Hoje temos um depoimento de um caso especial. Aline Rosa dos Santos, 34 anos, vendedora, diagnosticada com diabetes mellitus tipo LADA há 10 anos. Antes de começarmos o depoimento dela, vamos entender o que é este tipo de diabetes.
Lada é um termo que significa diabetes autoimune latente do adulto. Para quem nunca ouviu falar, geralmente é diagnosticado em pessoas com mais de 30 anos e pode apresentar os sintomas de diabetes tipo 2, apesar de reunir as características do diabetes tipo 1, de forma mais lenta.
É uma doença autoimune, apresenta a destruição mais lenta das células beta e o correto é iniciar o tratamento com insulina, mesmo que muitos médicos comecem a receitar medicamentos orais, no início do diagnóstico.
Voltando ao depoimento, Aline nos relatou que “o seu tratamento é satisfatório com as canetas de insulina, mas o grande diferencial do uso da bomba é o ajuste fino da basal de hora em hora, fator que promoveu uma diminuição considerável nas hiperglicemias, e isso não se consegue com as insulinas basais disponíveis, mesmo às de ação ultralenta”.
Os resultados foram tão animadores que ela pretende continuar usando o equipamento, apenas precisa do aval médico para dar entrada ao processo jurídico contra o Estado para o fornecimento da bomba e seus insumos mensalmente.
Quanto ao uso do Smart Control, dispositivo integrado ao Sistema de Infusão Contínua de Insulina (SICI) que reúne funções do monitor de glicemia, controle remoto da bomba e calculador de bolus inteligente que permite o cálculo para correções de glicemia e para alimentação; Aline definiu como “maravilhoso, rápido, prático e de fácil entendimento; ele faz tudo para o usuário, não havendo necessidade de ficar calculando as doses e anotando à mão ou em aplicativos. Os relatórios por ele gerados permitiram ajustes realizados pela sua médica”.
O avanço da tecnologia permitiu e estimulou às pessoas com diabetes se cuidarem melhor. Nos primeiros anos de diagnóstico, ela confessa que não ligava para os efeitos da doença, talvez por ser silenciosa e indolor, fato que a levou a negligenciá-la. “Graças a Deus não apresento complicações relacionadas ao diabetes, mas conheci através das redes sociais, pessoas diagnosticadas há pouco tempo e já sequeladas. Hoje tenho muitos amigos docinhos, que pretendo levar para a vida toda. Ganhei uma segunda família por conta da doença. Ajudo e sou ajudada todos os dias por eles”.
Finalizando nossa entrevista, Aline fez questão de deixar uma mensagem aos nossos leitores “Nunca desistam. É possível sim ter uma vida quase normal com o diabetes. Informação é tudo e juntos somos mais fortes”.
Fonte: Laboratório Roche
Autora :Vanessa Pirolo ,jornalista, criadora do blog convivência com diabetes, tem diabetes desde o seus 18 anos, e redatora do Portal DBCV.