A falta de calorias em adoçantes altera o mecanismo cerebral de recompensa .
Quando uma pessoa ingere alimentos adoçados artificialmente, o cérebro reconhece o doce, mas sente falta das calorias atreladas a esse sabor.
Prescritos para evitar a obesidade, os adoçantes têm entrado na berlinda pelo efeito contrário: estudos recentes com animais e seres humanos mostram que os açúcares artificiais levam à maior sensação de fome e, consequentemente, à maior ingestão de alimentos e bebidas.
Cientistas da Universidade de Sydney e do Garvan Institute of Medical Research, ambos na Austrália, conseguiram identificar o que está por trás dessa adversidade. Em estudo inédito, eles mostraram que essas substâncias interferem nos mecanismos cerebrais ligados à saciedade e à recompensa.
Quando uma pessoa ingere alimentos adoçados artificialmente, o cérebro reconhece o doce, mas sente falta das calorias atreladas a esse sabor. Como não as recebe, envia impulsos nervosos ao corpo informando que continua faminto.
“Por meio de investigação sistemática, verificamos que, dentro dos centros de recompensa do cérebro, o doce é uma sensação integrada com o conteúdo de energia. Quando doçura versus energia está fora de equilíbrio por um período de tempo, o cérebro se recalibra e aumenta o consumo calórico total consumido”, explica Greg Neely, professor da Universidade de Sydney e um dos autores do estudo, publicado ontem na revista Cell Metabolism.
Fonte: Portal Ciência e Saúde do CB - postado em 13/07/2016 07:51