Manter baixos níveis de glicemia pode... - Diabetes, Aprende...

Diabetes, Aprender a Conviver - ANAD

1,651 members2,200 posts

Manter baixos níveis de glicemia podem retardar complicações do diabetes tipo 1

FF49 profile image
FF49
2 Replies

Fonte: diabetesincontrol / Diabetes Care. 2015;38: 308-315

Autor: Nordwall M, Abrahamsson M, Dhir M, et al

Nível ótimo para o HbA1c ainda precisa ser determinado ...

A HbA1c está fortemente relacionada com o desenvolvimento de complicações do diabetes, mas ainda é controversa a respeito de qual nível de HbA1c para atingir no tratamento do diabetes tipo 1.Pesquisadores suecos avaliaram a HbA1c, seguido de diagnóstico, como preditor de complicações microvasculares graves e formular as metas dos níveis de HbA1c para o tratamento.

Os pesquisadores usaram um estudo observacional longitudinal na sequência de uma população não selecionada de 451 pacientes diagnosticados com diabetes tipo 1 durante 1983-1987 com idade inferior a 35 anos de idade em uma região no sudeste da Suécia.A retinopatia foi avaliada por retinografia colorida e dados de nefropatia foram coletados nos prontuários médicos.A HbA1c foi medida a partir do diagnóstico e durante todo o período de acompanhamento durante 20-24 anos. O valor médio ponderado da HbA1c durante longo período foi calculado. As complicações foram analisadas em relação aos níveis de HbA1c.

A incidência de retinopatia proliferativa e persistentes macroalbuminuria aumentaram acentuadamente e ocorreram mais cedo com o aumento significativo a longo prazo da HbA1c. Nenhum dos 451 pacientes desenvolveram retinopatia proliferativa ou macroalbuminuria persistentes com valores médios ponderados de HbA1c durante longo período inferiores a 7,6 % (60 mmol / mol);51% dos pacientes que durante longo período mantiveram o valor de HbA1c acima de 9,5% (80 mmol / mol) tiveram desenvolvimento de retinopatia proliferativa e 23% de macroalbuminúria persistentes.

Os pesquisadores concluíram que, "a longo prazo a média ponderada de HbA1c medida a partir do diagnóstico, está intimamente associada com o desenvolvimento de complicações graves no diabetes tipo 1. Mantendo a HbA1c inferior a 7,6% (60 mmol / mol) como uma meta de tratamento parece prevenir a retinopatia proliferativa e macroalbuminuria persistentes para até 20 anos ".

Pontos Relevantes:

1. HbA1C deve ser menor que 7,6%, para minimizar as complicações microvasculares.

2. Mais estudos são necessários para fornecer evidências mais fortes desse resultado .

Ref. Nordwall M, Abrahamsson M, Dhir M, et al. Impact of HbA1C, Followed From Onset of Type 1 Diabetes, on the Development of Severe Retinopathy and Nephropathy: The VISS Study (Vascular Diabetic Complications in Southeast Sweden). Diabetes Care. 2015;38: 308-315

Written by
FF49 profile image
FF49
To view profiles and participate in discussions please or .
2 Replies
arruda profile image
arruda

oque diferencia o diabete tipo 1 e tipo 2 qual e o mais agrecivo??

FF49 profile image
FF49 in reply to arruda

Arruda, a questão não é agressividade, veja o conceito dos dois tipos. Como em geral o Diabetes Tipo 2 é diagnostico sempre mais tarde, existe a possibilidade de ao ser descoberto, ja ter causado algum dano. Leia e falamos depois.

Tipos de Diabetes:

5.1 - Diabetes Tipo 1

Doença auto-imune em que têm-se auto-destruição das células do pâncreas que produzem insulina.

Quando pouca ou nenhuma insulina é produzida, o corpo não consegue absorver a glicose do sangue; as células ficam desnutridas, e o nível de glicose no sangue fica constantemente alto. A solução é injetar insulina subcutânea (embaixo da pele) diariamente para que a glicose possa ser absorvida pelas células.

Uma vez que o distúrbio se desenvolve, não existe maneira de "reativar" as células produtoras de insulina no pâncreas.

Portanto, a dieta correta, e injeções diárias de insulina são necessárias por toda a vida de um diabético.

Não se sabe o que causa a destruição das células produtoras de insulina do pâncreas ou porque o diabetes desenvolve em certas pessoas e não em outras. Fatores hereditários parecem ter o seu papel, mas o distúrbio, praticamente, nunca é diretamente herdado.

Sabe-se que há casos em que algumas pessoas nascem com genes que as predispõem à doença. Mas outras têm os mesmos genes e não têm diabetes. Pode ser algo próprio do organismo, ou uma causa externa, por exemplo, perdas emocionais. Ou também alguma agressão por determinados tipos de vírus: O Coxsackie.

Diabetes Tipo 1, são considerado o diabetes da infância e juventude, atinge aproximadamente 5% do total dos pacientes diabéticos, mas pode aparecer em pessoas com até 35 anos.

5.2 - Diabetes Tipo 2:

O Diabetes Tipo 2 é considerado o diabetes do adulto, e é responsável por 95 % dos diabéticos.

Esse tipo de diabetes é de 8 a 10 vezes mais comum que o Tipo 1, acometendo 10% da população, entre 30 a 69 anos. E em alguns casos recém diagnosticados, pode ser tratado (controlado) com dieta e exercícios físicos; em outros casos necessita de um tratamento mais rigoroso com medicamentos orais (hipoglicemiantes) e em fases mais avançadas e em pacientes de difícil controle será necessária a associação de insulina ou até mesmo a insulinoterapia intensiva.

Sabe-se que o Diabetes Tipo 2 possui fator hereditário maior do que o Tipo 1. Além disso, há grande relação com a obesidade e o sedentarismo, ou seja, com o estilo de vida. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos. A incidência é maior após os 40 anos.

Uma das peculiaridades é a contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção pelas células musculares e adiposas; por muitas razões, essas células não conseguem metabolizar a glicose presente na corrente sangüínea. Denomina-se essa anomalia de "resistência Insulínica".

Os sintomas do Diabetes Tipo 2 são menos pronunciados e esta é a razão para considerar este tipo de diabetes mais "silencioso" que o Tipo 1. Por isso ,o Diabetes Tipo 2 deve ser levado a sério pois seus sintomas podem permanecer desapercebidos por muito tempo, pondo em sério risco a saúde da pessoa . Quando ocorre o diagnóstico, 50% das pessoas já têm complicações.