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Medicamentos Biossimilares

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Trabalho apresentado durante o Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia CBEM 2014

Fonte: Portal da Sociedade Brasileira de Endocrinologia

O Dr. Antonio Carlos Pires abordou os Riscos e Benefícios das Drogas Biossimilares no Diabetes. O endocrinologista relatou as principais diferenças entre os medicamentos biossimilares e os genéricos, alertando que quanto mais consciente o prescritor estiver a respeito do medicamento sugerido, melhor.

Segundo ele, a busca pelos biossimilares acontece, basicamente, por questões financeiras. Entretanto, os biossimilares são comprados apenas pelo Governo e não pelo consumidor final.

“O biossimilar é uma cópia de um produto biológico e o genérico é a cópia do produto sintético, que é uma molécula orgânica de fácil reprodução”, afirmou o Dr. Pires ressaltando que o biossimilar nunca será idêntico ao produto referência, ao contrário do genérico, que é uma cópia idêntica do medicamento.

No Brasil, a legislação para o registro destes medicamentos tem questões que precisam ser avaliadas pelos médicos. “Nós, quando prescrevemos o medicamento, precisamos observar os riscos e benefícios caso a caso, além de identificar de que forma o medicamento foi registrado na Agência Reguladora (ANVISA). Aqui não existe legislação contra nem a favor dos biossimilares, mas a ANVISA é a única agência no mundo que aprova o registro de medicamentos genéricos sem a necessidade de estudos de comparabilidade”, informou.

Outro detalhe importante, relatado por ele, é que o meio utilizado para a aplicação do medicamento biossimilar, no caso da insulina, por exemplo, também tem que ser observado e avaliado, pois não só o produto, mas também o meio pode alterar os resultados do medicamento. “Estamos buscando uma regulação para que os medicamentos biossimilares sejam identificados nas caixas, assim como é feito com os genéricos no Brasil”, informou o médico.

Para completar, o Dr. Antonio alertou para a falta de costume dos médicos brasileiros de relatarem os efeitos adversos dos medicamentos prescritos à ANVISA. “Infelizmente, no Brasil, nós médicos não temos o costume de relatar os efeitos adversos após terapias prescritas aos nossos pacientes.

Nos Estados Unidos, isso é prática comum aos profissionais. Aqui, o que acontece é a pesquisa pós-marketing, realizada pelas indústrias farmacêuticas.

Então, o mínimo que devemos fazer é responder aos questionamentos da indústria, quando entrarem em contato conosco. Nosso papel é relatar tudo o que tivermos de conhecimento. Desta forma, a indústria monta o relatório e encaminha para a Agência Reguladora”, finalizou.

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