minha esposa e diabética e a pouco fo... - Diabetes, Aprende...
minha esposa e diabética e a pouco foi-lhe diagnosticado um nodulo na tiróideo qual o tratamento,a risco de ser câncer?
prezado mfg1976,
a recomendação seria consultar com um especialista em Tireóide, um medico Endocrinologista. Se estiver em São Paulo, existem profissionais de primeira linha, inclusive que atendem em instituições publicas, por exemplo, na UNICAMP - Campinas. No Rio de Janeiro, existe também o IEDE - um Centro de Excelencia em Endocrinologia e Diabetes.
Completando um pouco mais a resposta anterior:
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
As notas a seguir são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.
Nódulos da Tireóide
O que são nódulos da tireóide?
São protuberâncias do tecido tireoideano palpáveis ou identificáveis por exames complementares. Constituem a principal manifestação clínica de uma série de doenças da tireóide, com uma prevalência de aproximadamente 10% na população adulta.
Quais são as causas?
As causas são várias. Os nódulos podem aparecer quando a tireóide não está funcionando bem, tanto por excesso de produção de hormônios (hipertireoidismo), quanto pela sua diminuição (hipotireoidismo). Também podem ser tumores benignos ou malignos. Mas, felizmente, nove em cada dez nódulos tireoideanos são benignos.
Quem está em risco para desenvolver nódulos tireoideanos?
As mulheres são mais acometidas. Mas, homens portadores de nódulos tireoideanos têm mais chances de apresentarem lesões malignas do que as mulheres.
Quais os fatores de risco?
Se uma pessoa tem um nódulo de tireóide, a probabilidade dele ser um tumor maligno é maior em:
•nódulos que apresentam crescimento rápido
•nódulos endurecidos e que estão fixos a estruturas subjacentes
•idosos (idade maior do que 60 anos)
•pacientes do sexo masculino (17% contra 8% nas mulheres)
•pacientes que receberam irradiação anterior na região da cabeça10 ou do pescoço1 (acidente de Goiânia ou Radioterapia para tratamento de outros tumores)
•tumores que levam à paralisia de corda vocal ipsilateral
•presença de adenomegalia regional ipsilateral
•história familiar de câncer de tireóide ou Neoplasia Endócrina Múltipla
O que sente o portador de um nódulo tireoidiano?
A maioria dos nódulos é assintomática. Raramente, alguns pacientes queixam-se de dor de garganta, no maxilar ou no ouvido. O sinal mais comum é de uma elevação nodular no pescoço que progressivamente aumenta de tamanho ou é percebida por familiares, amigos ou por um médico, durante consulta para tratamento de outro distúrbio não relacionado com o nódulo.
Como o médico faz o diagnóstico?
Deve ser feita uma consulta médica com um Endocrinologista ou Cirurgião de Cabeça e Pescoço. Ele fará uma anamnese e exame físico detalhados, seguidos de exames complementares que forem indicados para cada caso, como dosagem de hormônios tireoideanos, ultrassonografia da tireóide, punção biópsia aspirativa com agulha fina (PAAF), mapeamento da tireóide com iodo radiativo, tomografia axial computadorizada e ressonância magnética da tireóide, dentre outros.
Quais os tipos de nódulos existentes?
Os nódulos tireoideanos são classificados em benignos e malignos. O melhor exame para verificar se um nódulo é benigno ou maligno é a punção biópsia aspirativa com agulha fina (PAAF).
O nódulos benignos são os adenomas foliculares, cistos, bócio colóide e tireoidites (inflamações na tireóide).
Os nódulos malignos são classificados em bem diferenciados (menos agressivos) e pouco diferenciados (com maior agressividade).
Os carcinomas diferenciados respondem por 90% dos casos de todas as neoplasias malignas da tireóide. A maioria dos pacientes com carcinoma diferenciado apresenta, geralmente, um bom prognóstico quando tratada adequadamente.
Qual o tratamento?
Pacientes com nódulos com citologia benigna devem ser acompanhados a intervalos regulares, com exame do nódulo a cada seis meses, que podem ser ampliados com o passar o tempo.
Caso a PAAF seja positiva para malignidade, a cirurgia está indicada. O tipo de cirurgia recomendada deve ser criteriosamente avaliada por um médico.
Quando um nódulo não é tratado, o que pode acontecer?
Pode haver um crescimento progressivo do nódulo com conseqüente compressão das estruturas profundas do pescoço, levando a sintomas de acordo com a estrutura comprimida:
•Traquéia: falta de ar e tosse seca
•Esôfago: dificuldade para engolir
•Nervos laríngeos: rouquidão
Um nódulo maligno não tratado pode levar ao aparecimento de metástases à distância. Ou seja, disseminação do tumor para outros órgãos. Quando existem metástases, os sítios mais comuns são gânglios linfáticos cervicais, mediastino, pulmões, fígado e ossos.
Fontes:
Nódulos de Tireóide e Câncer Diferenciado de Tireóide: Consenso Brasileiro
American Thyroid Association
European Thyroid Association
ABC.MED.BR, 2008. Nódulos da Tireóide. Disponível em: <abc.med.br/p/tireoide/24885.... Acesso em: 7 mar. 2014.