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Páscoa e Consumo de Peixes

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Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias e foi assim que surgiu a Quaresma.

O período da Quaresma é vivido na Igreja Católica desde a Quarta-feira de Cinzas até a manhã da Quinta-Feira Santa. Trata-se de um período litúrgico em que há a preparação dos fiéis para a celebração da Páscoa. Esta preparação é feita através de jejum, abstinência e orações.

Muitas pessoas fazem penitência nesse período e, seguindo a tradição, muitas ainda deixam de comer carne durante os 40 dias, consumindo como principal fonte de proteína, o peixe. No período da Quaresma , durante 500 anos era seguido à risca o preceito de não se comer carne na quarta-feira de Cinzas e em nenhuma sexta-feira naqueles 40 dias até a Páscoa. Abster-se de carne e jejuar na sexta-feira é uma prática plurissecular da Igreja.

Além de saboroso, o consumo de peixes é muito nutritivo e deveria estar sempre em nossa alimentação com uma maior frequência durante todo o ano. Apresentam uma grande quantidade de minerais, entre eles cálcio, fósforo, iodo e cobalto, e são também fonte das vitaminas A, D e B. É claro que existem algumas espécies gordurosas, mas, em geral, o peixe tem bem menos tecido adiposo que as carnes vermelha e de frango. Isso faz com que sua digestão seja mais rápida.

O tipo de gordura predominante nos peixes é a poliinsaturada Dentre os tipos de gordura poli-insaturada, destaca-se o ômega 3, devido aos grandes benefícios proporcionados à nossa saúde, como diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral, redução da pressão arterial, ação anti-inflamatória, diminuição das taxas de triglicérides e colesterol total no sangue.

Da água salgada são preferidos: atum, arenque, bacalhau, sardinha e salmão. Os de águas doces, também, contêm ômega 3, mas em quantidade muito inferior, quando comparados aos primeiros.

Outra grande vantagem dos peixes, é a facilidade do seu preparo: os frescos cozinham em pouquíssimo tempo e podem ser usados em diversas preparações: ao molho, assado, ensopado, cozido, grelhado, frito e até mesmo cru (desde que seja proveniente de um fornecedor que possua boas condições higiênico-sanitárias e de sua confiança).

Peixe Calorias Gorduras (g) Proteínas (g)

Atum 117,5 0,70 25,7

Bacalhau 136 1,1 29

Badejo 59,1 0,20 13,1

Cação 83 0,8 17,9

Corvina 94 1,6 18,6

Dourada 131 5,6 18,8

Merluza 89 2,0 16,6

Pescada 111 4,6 16,3

Pintado 91 1,3 18,6

Robalo 124 2,6 24

Salmão 170 9,7 19,3

Sardinha 114 2,7 21,1

Tucunaré 88 1,2 18

* A quantidade de calorias, gorduras e proteínas indicadas correspondem a 100 g de cada um dos peixes crus.

* Fonte : Tabela Brasileira de Composição de Alimentos – TACO 4ª edição revisada e ampliada Campinas – SP 2011

Notas do autor:

Dra. Marlice Marques

Nutricionista Clinica

Mestre em Ciências da Saúde-UFG

Educadora em Diabetes ADJ/SBD/IDF

Membro do Departamento de Nutrição SBD Biênio 2016/17

Fonte : Portal da Sociedade Brasileira de Diabetes

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