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Mitos e verdades sobre a hipertensão

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Fonte: Notícias Portal Hospitais Brasil de 05/05/2016

Dados atuais divulgados sobre a hipertensão preocupam pela falta de informação da população sobre o tema.

De acordo com o Ministério da Saúde, 24,3% dos adultos brasileiros sofrem com a doença e, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, 50% dos pacientes não sabem que são hipertensos.

 A ausência de sintomas é um dos motivos para o desconhecimento.

A Dra. Beatriz da Silva Costa, cardiologista do Centro de Cardiologia do Hospital 9 de Julho, de São Paulo (SP), acredita na importância dos esclarecimentos sobre a doença e relaciona alguns dos mitos e verdades mais comuns.

As mulheres sofrem mais com a hipertensão arterial

Verdade. A prevalência é mais elevada nos homens até 50 anos, invertendo-se a partir da quinta década e quanto maior a idade, maior a prevalência de hipertensão nas mulheres chegando a mais de 60% de mulheres hipertensas após os 75 anos. Em relação às mulheres negras geralmente têm prevalência de até 130% em relação às brancas.

A hipertensão raramente apresenta sintomas

Verdade. A doença é considerada assintomática e de evolução lenta que, sem tratamento adequado, pode provocar complicações graves, tais como Infarto Agudo do Miocárdio, Acidente Vascular Cerebral e Insuficiência Renal Crônica Terminal.

A pressão alta pode ser controlada somente com alimentação balanceada e exercício físico

Mito. Mudança de estilo de vida e hábitos saudáveis são recomendados na prevenção da hipertensão em indivíduos com pressão arterial limítrofe. Em pacientes de baixo risco cardiovascular mantém-se uma alimentação balanceada, exercícios físicos, cessação de tabagismo por seis meses. Se não houver controle, iniciar tratamento medicamentoso. Em pacientes com risco cardiovascular moderado ou elevado, é preciso iniciar logo a medicação e incentivar a mudança do estilo de vida.

Medicamentos para hipertensão afetam o desempenho sexual

Depende. A disfunção sexual é descrita com as medicações anti-hipertensivas da classe dos inibidores adrenérgicos de ação central (são inibidores seletivos de receptores alfa-2 adrenérgicos existentes em centros de controle cardiovascular do sistema nervoso central) e betabloqueadores de primeira geração. Com os betabloqueadores de terceira geração a incidência é menor e já não existe para as outras classes medicamentosas.

O álcool aumenta a pressão arterial e deve ser evitado por quem é hipertenso

Verdade. A ingestão de álcool por períodos prolongados de tempo pode aumentar a pressão arterial. A ingestão de bebida alcoólica deve ser de, no máximo, dois copos de cerveja ou duas taças de vinho ou uma dose de bebida destilada (30 mg de álcool) ao dia para homens e a metade disso para as mulheres.

Situações de estresse aumentam a pressão arterial

Verdade. Fatores psicossociais, econômicos, educacionais e estresse emocional participam do desencadeamento e da manutenção da hipertensão e podem funcionar como barreiras para a adesão ao tratamento e mudança de hábitos.A especialista lembra, porém, que as informações não substituem o acompanhamento de um médico. Se a pessoa tem casos de hipertensão em parentes de primeiro grau, se possui alguns dos problemas relacionados neste texto (tabagismo, alcoolismo etc), é importante buscar avaliação médica. 

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