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Diabetes, Aprender a Conviver - ANAD

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O OVO E A DOENÇA CARDIOVASCULAR

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Fonte: SBD

Autores :

Dra. Maria Aparecida B. do NascimentoNutricionista da Secretaria de Saúde do DF Mestre em Nutrição pela UnB Nutricionista Membro do Departamento de Nutrição da SBD 2014/2016

Dra Anelena S. Seyffarth Nutricionista Especialista em Nutrição Clínica

Com o aumento das doenças cardiovasculares, nossos hábitos alimentares passaram a ter grande importância para a sua prevenção.

Desde então, muitos alimentos ricos em gordura passaram a ser limitados para melhor controle do colesterol sanguíneo (colesterolemia).

Muitas vezes, aquele alimento que fazia parte do nosso cotidiano, parece ser nocivo e então paramos de vê-lo com bons olhos.

Com relação ao colesterol, é necessário diferenciar o efeito do colesterol dos alimentos do efeito de algumas gorduras, também presente nos alimentos, na produção de colesterol pelo nosso fígado e nos níveis de colesterol no sangue.

É importante ressaltar que o colesterol sanguíneo, na medida certa, é importante para a produção de hormônios, bile, entre outras funções.

O problema é quando seus níveis estão acima do recomendado (neste caso o LDL colesterol, considerado mau colesterol quando elevado) ou abaixo do ideal ( o HDL colesterol, conhecido como bom colesterol).

Atualmente sabe-se que o colesterol presente nos alimentos exerce pouca influência sobre a concentração do colesterol no sangue. No entanto, assim como existem gorduras benéficas, algumas gorduras presentes nos alimentos estão relacionadas com o aumento do LDL colesterol e com as doenças cardiovasculares, como as citadas abaixo:

- gordura trans (gordura vegetal parcialmente hidrogenada): é aque mais aumenta o LDL-c. Elas estão presentes na maioria dos alimentos industrializados.

- em seguida, vem a gordura saturada, encontrada principalmente nos alimentos de origem animal, como carnes, leite e laticínios integrais (com alto teor de gordura).

Dessa forma, o ovo deixou de ser o grande vilão da lista de alimentos que devem ser evitados por causa da doença cardiovascular.

Ele é um alimento com baixo custo e uma excelente fonte de vários nutrientes, tais como folato, riboflavina, selênio, colina e vitaminas A, D E, K e B12, além de sais minerais (ferro, fósforo, cálcio, magnésio, sódio, potássio, cloro, iodo, manganês, enxofre, cobre e zinco), proteína de alta qualidade e gordura, que facilita a absorção de importantes nutrientes, como luteína e zeaxantina.

Estas últimas estão associadas à prevenção de cegueira causada pela degeneração macular (comum em pessoas acima dos 50 anos).

Também é fonte de gorduras e colesterol.

As gorduras, minerais e vitaminas acima citados estão presentes quase que totalmente na gema, sendo a clara constituída pelas proteínas.

Então vale a pena consumir o ovo inteiro!

O consumo de ovos, em uma alimentação saudável e controlada em gorduras trans e saturada, parece não exercer efeitos negativos nos níveis de colesterol do sangue.

Uma explicação para isso seria o fato de apenas 50% da gordura presente nos ovos é do tipo insaturada (gordura benéfica).

Além disso, o efeito do consumo de ovos sobre a colesterolemia depende da capacidade do organismo em absorver colesterol.

Acredita-se que entre 75%-85% da população sejam pouco sensíveis às quantidades de colesterol na dieta, ou seja, o efeito do consumo de alimentos ricos em colesterol sobre o LDL é muito pequeno.

Deve-se ter cuidado na forma de preparo do ovo: quando frito ou mexido, há adição de gorduras, aumentando calorias e, dependendo do tipo de gordura, pode elevar o colesterol.

Então como podemos consumir o ovo no dia a dia? Para quem tem diabetes e/ou taxa de LDL elevada, recomenda-se em torno de 2 a 3x/semana.

Café da manhã

Pão (de preferência integral)ou cuscuz ou tapioca, Ovo , Café , Fruta

Almoço

Ovo - Substituindo a carne/ frango / peixe

Jantar

Omelete - substituindo a carne frango/ peixe

Nos outros dias, no café da manhã, o ovo pode ser substituído por leite ou seus derivados como queijo branco, coalhada e iogurte natural (desnatados ou semidesnatados) ou ainda as castanhas, caso não possa consumir o leite e/ou seus derivados.

Fontes:

1 - Sociedade Brasileira de Cardiologia • V DIRETRIZ BRASILEIRA DE DISLIPIDEMIAS E PREVENÇÃO DA ATEROSCLEROSE. Volume 101, Nº 4, Supl. 1, Outubro 2013.2 - MINISTÉRIO DA SAÚDE. GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA. 2005

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FF49
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toninho1950 profile image
toninho1950

Eu adorava comer ovo com arroz ou no pão, mas ovo caipira, não esses de granja que faz espuma quando frita, parei de comer pois falavam que fazia muito mal a saúde. Agora vou voltar a comer sem medo. muito boa a matéria.