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DIABETES E DOENÇA RENAL CRÔNICA

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Veja a seguir dúvidas frequentes respondidas pelo Dr. João Roberto de Sá, coordenador do Departamento de Nefrologia da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).

O que pode ser feito para se prevenir a lesão do rim pelas pessoas com diabetes?

A prevenção da nefropatia diabética está centrada no bom controle glicêmico, principalmente nos primeiros 10 anos após o diagnóstico do DM, no controle da pressão arterial, na dieta sem excesso de proteína, na parada do hábito de fumar e no controle dos níveis das gorduras do sangue.

É importante também que o paciente seja orientado a não utilizar, sem acompanhamento médico, remédios que potencialmente possam lesar o rim.

Outro ponto importante é que sejam realizados exames rotineiros para checar a presença de proteína na urina ou se o ritmo de filtração glomerular esta em declínio ou não.

Se o diabetes afetou os rins o que pode ser feito?

O pilar de tratamento continua a ser os relatados acima. Mas, em pacientes com longo tempo de doença ou doença renal avançada, o controle glicêmico deve ser individualizado e é preciso pesar os riscos devido à maior chance de ocorrência de hipoglicemia, ou seja, nesta fase, em geral, optamos por uma média glicêmica mais alta.

Qual é o papel da dieta baixa em proteínas no tratamento da lesão renal?

O consenso atual é de que dietas ricas em proteínas tem potencial para lesar o rim.

Após a detecção da perda de proteína na urina, deve ser prescrita um dieta com menor teor proteico, mas sem exageros, ou seja nunca abaixo de 0,8 gramas por quilo de peso.

O que é e como se trata a insuficiência renal terminal em pacientes com diabetes?

Esta fase é caraterizada por aumento dos níveis de creatinina e uréia no sangue e por sinais e sintomas como falta de apetite, fraqueza geral, náuseas, anemia, inchaço no corpo devido à retenção de água no organismo, aumento da pressão arterial, do potássio e acidose metabólica, ou seja, o rim é incapaz de controlar a concentração de vários sais vitais para o corpo, do volume de líquido e de excretar substâncias tóxicas ao nosso organismo.

Nesta fase, faz-se necessária a utilização da terapia renal substitutiva, ou seja, a diálise.

Pode um paciente com diabetes receber um transplante renal?

O transplante renal é uma terapia eficaz, que leva a aumento importante da qualidade de vida e da sobrevida do paciente.

Sempre que possível, um paciente diabético prestes a iniciar a diálise ou já em tratamento dialítico, com condições de realizar a cirurgia deverá fazê-la, principalmente se o mesmo tiver um doador renal relacionado, ou seja, um parente doador.

Fonte: A Tribuna MT (On-line)

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